quinta-feira, 18 de outubro de 2007

3 de Setembro de 1758 - O Início do Terror

D. José de Mascaranhas herdara o título de Duque de Aveiro havia pouco tempo e pretendia que para ele passassem as comendas administradas pelos antigos duques. Instigado pelo seu 1º Ministro (Marquês de Pombal), o rei D. José recusou o pedido. Esta recusa, aliada ao ataque aos jesuítas e ainda aos sucessivos cortes de regalias aos nobres desde que Sebastião José de Carvalho e Melo assumira o poder levou a que o Duque de Aveiro conspirasse contra o rei. A lógica (formulada pelos jesuítas) era simples: se o rei morresse, o seu ministro perderia todo o poder. A solução óbvia: matar o rei. Um atentado foi planeado por D. José de Mascaranhas contra o rei D. José I.

No dia 3 de Setembro de 1758, pela calada da noite e quando D. José regressava após um dos seus encontros amorosos (com uma sobrinha dos marqueses de Távora) que o tiro foi disparado. D. José não morreu mas ficou ferido. Para evitar grandes intrigas, o futuro Marquês de Pombal divulgou a notícia de que o seu rei teria caído e por essa razão se magoara. Ultrapassada esta fase de despistar as atenções era altura de agir judicialmente. Os suspeitos eram óbvios: o duque de Aveiro que tinha tido todas aquelas desavenças com o poder régio e, por consequência, os marqueses de Távora (seus familiares e eternos inimigos do omnipotente Conde de Oeiras). Para Sebastião José de Carvalho e Melo e para o próprio Rei (que também não gostava dos marqueses de Távora devido ao caso amoroso que mantinha com uma sobrinha deles) não restaram dúvidas sobre quem acusar: Os duques de Aveiro, os marqueses de Távora e todos os nobres seus familiares.

1 comentário:

Andrew do Amaral disse...

Olá Tiago!
Gostaria de parabenizá-lo por sua ação em prol da divulgação, resgate e análise deste fato horrendo que veio a ser o triste fim da família Távora.
Sinto-me, embora distante do que ocorreu temporal e espacialmente, compelido pelos fatos e envolto num extremo sentimento de desgosto e revolta.
É preciso ainda resgatar muitos fatos que estão encobertos e fazer justiça aos supliciados. Creio que resgatar a memória do que eles foram de fato, como agiram e até que ponto a conveviencia pombilina e o julgamento dos fatos se deu em prol da concenação da ilustre familia, vem a fazer justiça àqueles que não se conformam.
Mais uma vez, meus parabéns!
Abraço.
andrewamaral@oi.com.br