sexta-feira, 19 de outubro de 2007

13 de Setembro de 1758 - A Detenção

Depois de criar na sua mente a conspiração regicida, chegava o momento de desvendar a mentira quanto aos ferimentos reais e deter os conspiradores. Dia 13 de Setembro de 1758 é o dia de sorte para o ávido de poder Conde de Oeiras (futuro Marquês de Pombal) e o dia de azar para os ilustres Távora. Neste dia do nono mes de 1758, Sebastião José divulga o que realmente aconteceu ao Rei (que havera sido alvo de um atentado) e divulga também os "culpados": o Duque de Aveiro e os Marqueses de Távora. Para isto, baseou-se nos depoimentos sob tortura dos alegados criminosos que atentaram contra o Rei que "confessaram" terem sido contratados pelos Marqueses de Távora que tinham o alegado intuito de elevar ao trono português o Duque de Aveiro. Para não levantarem problemas, os dois criminosos foram enforcados no dia seguinte. Deram-se então as detenções: a marquesa Leonor de Távora, o seu marido, o conde de Alvor, todos os seus filhos, filhas e netos foram encarcerados, o duque de Aveiro e os genros dos Távoras, o marquês de Alorna e o conde de Atouguia foram também presos com as suas famílias. Gabriel Malagrida, o jesuíta confessor de Leonor de Távora foi igualmente preso. A acusação era a pior imaginável em monarquia: traição ao Rei e tentativa de regicídio, as provas eram as mais óbvias que o Marquês conseguiu recolher: em primeiro lugar tinha os depoimentos dos executados criminosos, em segundo lugar a arma encontrada no local pertencia ao Duque de Aveiro, por último, só os Távoras podiam saber onde se encontrava o Rei àquela data, dado que regrassava de um encontro amoroso com uma familiar dos marqueses - Teresa de Távora, também ela presa com os outros. Restava agora colocar-lhes o baraço no pescoço mas na mente do calculista marquês isso não bastava, este caso tinha de ser exemplo!

1 comentário:

Anónimo disse...

Nobre família...e grandes serviços prestaram á Pátria. Os esbiros do Sebastião José, prestaram um mau serviço, como sempre fazem...
Desde a Índia até ao acompanhar de D Sebastião a África, os Távora foram invejados e por isso, mal tratados.
D. José, não passou de um ser pífio e deixou cometer esta atrocidade.