sábado, 27 de outubro de 2007

O Fim

Foi no dia 13 de Janeiro de 1759 que aconteceu. Toda a família foi retirada do seu cárcere que foi a sua casa durante uns longos quatro meses de julgamento. Julgamento esse cheio de omissões e irregularidades, julgamento que os julgou não por cometerem um crime mas por serem quem são, um julgamento que envergonha a História, um completo escandalo político já no Século das Luzes. Toda a família foi dada como culpada por tentariva de regícidio, a família dos Távora e não só, também o foram o Conde da Atouguia, o Duque de Aveiro, entre outros.
Naquele fatídico dia de azar, todos os condenados foram levados para Belém. A execução foi simplesmente horrenda, mesmo para a época. Primeiro a Marquesa Leonor de Távora foi decapitada. Em seguida foi o seu marido a cumprir a pena, tendo sido morto com golpes de maço no coração. Por fim, os restantes foram mortos pelo garrote ou queimados vivos. A tudo isto assistiu o Reformador, o Rei D. José com a sua corte horrorizada pela carnificina (afinal, os Távoras eram também eles nobres como a corte). No final do espectáculo macabro, todos os corpos foram queimados, as cinzas deitadas ao mar e o lugar foi salgado para que nada mais ali crescesse. Depois de os matar, foi altura para os apagar da História, para isso, todos os brazões das famílias foram picados, o palacio do Duque de Aveiro foi demolido e o lugar salgado (curiosamente chama-se agora "Beco do Chão Salgado", o nome Távora foi proibido (Passando alguns sobreviventes a chamar-se apenas Lorena que era o outro nome da marquesa). Alguns dias depois foi o padre Malagrida (conhecido jesuíta da época e confessor da Marquesa de Távora) executado, tendo sido queimado vivo.
Assim acabou a família Távora e o seu legado foi perdido no tempo... Ou será que não?

9 comentários:

Anónimo disse...

Apreciei o seu artigo. Eu próprio, enquanto ligado à familia pelo lado dos Caparica, fico impressionado Pela tragédia. Mas permita-me que lhe diga que a tragédia ficou-se a dever ao sargento mor do rei, Pedro Teixeira. Este oficial dizia que andava a "comer" a mulher do Duque de Aveiro. Sucede que na carruagem deste oficial viajava em 8 de Setembro D. José. Os tiros eram do Duque para o sargento.

Anónimo disse...

Concordo com a versão de ter sido o pedro teixeira o catalisador de toda esta situação ele no entanto não disse que (andava a "comer" a marquesa de távora) mas que o seu devir era junto de el rei D.José e da marquesa de Távora, isso disse em frente ao marquês de Aveiro um dia em que ele a pedido dos távoras veio pedir esclarecimentos a el rei D. José. o que nessa altura era uma afronta vindo de um lacaio sem titulos nobilísticos, que se resolvia pr duelo caso fosse nobre, como não era o caso montaram uma armadilha com o intuito de punir de morte Pedro Teixeira, uma noite de luar em que a carruagem que pertencia a Pedro Teixeira mas na verdade albergava o rei D. José numa das suas saidas amorosas o atentado foi consumado mas com o único objectivo de vingar a honra de estas duas familias justamente feridas na sua integridade.
digo isto com "conhecimento de causa" visto ser esta a versão que corre na minha famìlia desde então.
a execução foi sumária e extremamente irregular como reza a história, chegaram inclusivamente a matar as testemunhas que participaram no processo. não há dúvida que este era um golpe de misericórdia necessário para que D. Sebastião de Carvalho e Melo pudesse dar plenos poderes ao seu rei a quem tudo devia, mas essa é uma discussão por demais discutida e foi um forma de matar dois incómodos coelhos de uma cajadada.
resta a injúria de este atentado e a não reabilitação do bom nome dos Mascarenhas Marqueses de Aveiro. não me encontro completamente esclarecido em relação a esta carnificina, mas creio que não sou o único. os restos dos espólios da casa de aveiro podem ser encontradas no museu nacional de arte antiga nomeadamente uma baixela de prata germain considerada a mais luxuosa do reino que eu saiba todos os outros bens perderam se.
sinto pena que duas familias que conquistaram as suas honrarias pelo suor e lágrimas dos séculos sendo inclusivamente descobridores vice rein na india e brasil comendadores, mordomos-mor e alcaides,vejam hoje o seu nome caido por terra. mas como disse uma vez não sei quem...noblesse oblige. e se não fosse por este atentado à vida de pessoas de bem lisboa nunca teria ter tido a possibilidade de se expandir geográficamente com se expandiu.
Pedro de Mascarenhas.
p.mascarenhas@hotmail.com

Gabrielle Távora disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Adoraria saber mais sobre a familia Távora ! E também saber como eles foram para no brasil !!! Conheço alguém que descendente desta familia em Minas Gerais - Brasil !!! Se alguém interessar me falar mais sobre esse assunto manda email: Adrianoj.alves@hotmail.com

teresa silva disse...

EU sou descendente de uma familia TAVORA ...sei muito pouco, pois meu avo me falou uma vez ..lembro so que fugiram e uns refugiaram-se em Espanha e outros no norte de Portugal com nomes diferentes, ficando com seu ultimo nome de familia MARIZ ,se alguem souber me explicar muito mais sobre toda esta situacao ,e acontecimentos agradecia imenso deixo meu e-mail de contacto.Muito grata por se lembrarem dos TAVORAS ....grata TERESA SILVA MARIZ

teresa_silva@hotmail.co.uk

Anónimo disse...

nao aserio

Anónimo disse...

mentirosa

Leila disse...

Árvore genealógica; descendência pelo lado dos Araújos!
Berço genético de Eurípedes. Essa família, portuguesa na origem, descendia da Casa dos Távoras, cujo chefe familiar era o “Marquês de Távora”, Vice-Rei de Portugal nas Índias. Não satisfeito, continuou o Marquês de Pombal com a perseguição contra essa família. Uma parte fugiu para a África, originando em Marrocos a família Borges de Araújo, e o restante da família refugiou-se no Brasil, formando o berço da família Ferreira de Araújo. No Brasil, o Capitão Ferreira buscou o santuário das terras da Bahia formando imensa família. Por sua vez, Manoel Ferreira de Araújo casou-se com uma baiana e dirigiu-se a Conceição do Mato Dentro, comarca da Serra de Minas Gerais, onde nasceram todos os seus filhos. O genro do Capitão Ferreira, de nome Luiz da Cunha Ferreira dirigiu-se para Sacramento, para onde, por volta de 1810, vieram os demais familiares, inclusive o próprio Capitão. Buscando a Biblioteca Pública de Belo Horizonte, patrimônio histórico cultural do belo povo mineiro, ali encontramos o seguinte registro: Cônego Hermógenes Casimiro de Araújo, o homem mais notável do antigo Sertão da Farinha Podre, ordenou-se em São Paulo, no ano de 1809.
Após a ordenação passou a assinar Hermógenes Casimiro de Araújo Brunswick , vigário da Capela Imperial, Deputado da Corte de Lisboa, Deputado Provincial e Geral em diversas legislaturas e Comendador das Ordens da Rosa e do Cristo, Vigário do Desemboque para onde transferiu residência no ano de 1819. Tornou-se Comandante da Guarda Nacional e do Batalhão do Desemboque, professor de teologia e latim, tendo desencarnado em setembro de 1861, com 75 anos de idade. A genealogia desta família sacramentana assim ocorreu: o Capitão Manoel Ferreira de Araújo casou-se com Joaquina Rosa de Araújo, de cuja união nasceram os filhos: Cônego Hermógenes Casimiro de Araújo, Padre Antonio Domiense de Araújo, Miguel Eugênio Ferreira de Araújo, Clemente José de Araújo, Félix Ferreira de Araújo, Mauricio Ferreira de Araújo, Honório Amâncio de Araújo, Joaquina Silvânia de Araújo, Florinda de Araújo. Por sua vez, Clemente José de Araújo, um dos filhos do Capitão Manoel Ferreira de Araújo, casa-se com Escolástica de Araújo, gerando os filhos: Ana Petrolina de Araújo, Hermógenes Casimiro de Araújo Sobrinho, Manoel Gonçalves de Araújo, Escolástica das Dores Araújo, Cândido de Araújo, José Clemente de Araújo. Estes tornaram-se pela sucessão hereditária netos do Capitão Araújo. Padre Antonio Domiense de Araújo, irmão de Clemente José de Araújo, em razão de sua forte ligação
com a Coroa Imperial recebe, em sesmaria, oito mil alqueires das terras de Ibituruna e Santa Maria, englobando, assim, as belas serras dos citados lugares.
Aproximamos agora da chegada no nosso querido Eurípedes. Em razão do casamento de
Hermógenes Casimiro de Araújo Sobrinho com Honória de Araújo, nascem nove filhos: Clemente de Araújo, Guilhermina de Araújo, Hermógenes Ernesto de Araújo, Antônio de Araújo, João Nepomuceno de Araújo, Horácio de Araújo, Ovídio de Araújo, Virgilio de Araújo (vô do meu pai: Odadir Jóse de Araújo, Olimpio de Araújo. O Evangelho do Senhor noticia que a árvore boa dá bons frutos e como na Lei Divina não há exceção,
Hermógenes Ernesto de Araújo, conhecido por Mogico, homem íntegro, puro, a exemplo de José de Nazaré, que em sua pequena oficina criou todos os seus filhos, com a maior lição de vida para a humanidade, assim também Mogico, o aliado do Senhor foi chamado para ser o genitor de Eurípedes.

Anónimo disse...

Pelo que se percebe a Historia que foi impingda, alem de toda mal contada, esta longe de acabar,as descendencias das varias familias continuam,e estao ligadas á condessa Isabel de sesimbra/ Familia Franca de Sesimbra.